domingo, 3 de outubro de 2010

Capitulo 06 ** CALMARIA**

Vanessa encontrava-se nesse momento em frente ao tumulo de seu pai, seus braços e rosto estavam com grandes marcas roxas, havia hematomas por todo o corpo devido as pancadas que sofreu no barco, mas isso era o que menos importava, o que a importava agora é que estava em terra firme, não sabia como, mas estava e exatamente onde queria... no cemitério Waterside. Sentada embaixo de uma arvore, na relva molhada, havia descalçado os pés e enrolado as penas da calça, não ligava de se molhar, estava apenas apreciando o fato de estar ali inteira. Olhou para a pedra de granito com o nome do pai. Sabia que lhe devia a vida, pois após foi ele quem a ajudara.

Van: Sabe, não parei de falar contigo durante toda a noite... deve ter me ouvido.

É claro que não acreditava que “ele” estivesse mesmo ali embaixo da árvore com ela. Seria idiotice, igual a historia das Bruxas de Salém. Seu pai não andava passeando pelo cemitério esperando ela aparecer. E se o céu existisse, estaria com certeza bebendo uma cervejinha num barco celestial de pesca esperando a rede encher. Van ficou descansando na relva com as mãos apoiadas na cabeça. Aquele era o único lugar seguro. De repente imagens da noite anterior tomaram sua mente... O Querência capotando, o mundo de pernas pro ar...

Van: Santo Deus! (exclamou ela...)

Sem duvida aprendeu Van a lição... três horas virada ao contrário, sem luz, sem rádio de comunicação, sentiu a morte assombrando-a.... agora tinha que cumprir a promessa feita ao pai. De um salto se aproximou da lápide e sentou-se apoiando a cabeça, deslizava os dedos pelas letras...

Van: Sabia que não iria me abandonar...(ela falou com lágrimas nos olhos)

Ela limpou as lágrimas, nunca chorava na frente de ninguém, nem mesmo de sua mãe, achava que chorar era sinônimo de fraqueza, mas seu pai nunca se afastava, era o único que permanecia a seu lado quando ela estava triste.

Van: Prometo que vou mudar. (disse ela olhando a lápide) Acabaram-se as loucuras na água. Nunca mais desafio o destino. Já tive meu susto de morte.

Ela deslizou a mão pelo cabelo e sentiu um alto atrás da cabeça, exlamou um “ai”, o lacal estava sensível. Mas quando que ela tinha batido a cabeça? Não se lembrava. Deve ter sido quando o barco virou. Não recordava dos detalhes da noite anterior. Ela refez mentalmente a lista de providências a tomar até o dia da corrida... teria que enfrentar sua mãe e Tink, que com certeza faria um interrogatório. Tinha muitos reparos a fazer no barco até o tiro de partida. Van estava perdida em pensamentos e então ouviu de súbito o disparo de um motor e um zumbido pavoroso que fazia lembrar uma serra elétrica. Vinha do lado de lá da colina....

“O que fez da tua preciosa vida?” As palavras de Flório ainda martelavam a cabeça de Zac. Ele raparou nos gansos que voavam em V pelo cemitério. Os gansos eram os responsáveis por comer a relva, as flores, sujar os monumentos e até mesmo atacar os visitantes. Naquela tarde estavam ele e Joe, “o ateu” sentados num banco à beira do lago. Joe havia inventado um método para espantar os gansos, que implicava em usar como arma barcos de brinquedo à controle remoto.

Jor: PT-109 pronto para atacar! (ele gritou)

Zac estava com o pensamento longe.

Zac: Acha que algum dia vai fazer alguma coisa importante?

Joe: O que quer dizer com isso? Isso aqui é importante. (ele protestou) Temos um trabalho a fazer. (ele disse olhando através de um binóculo)

Zac: Estou falando sério. Acha que vai chegar a algum lugar? Acha que Deus tem um plano pra você?

Joe: Deus?! Tá brincando comigo? Eu acredito na sorte. Mais nada. Ou temos ou não temos. Lembra do ano passado? Fiquei a um numero de ganhar trinta e quatro mil na loteria. Acha que Deus teve algo a ver com isso? Nem pense. (abanou a cabeça) Um dia desse ainda acerto na acumulada. Até lá tenho que te aturar. (sorriu e inclinou-se pra frente) Olha! Mais um esquadrão de gansos junto da ilha da Solidão! (ele informou) Peço autorização para atacar.

Zac: Autorização concedida.

Joe guiou o barco pra frente e o motor zunia e a buzina apitava. Como sempre o barco funcionou na perfeição. Cheias de pânico as aves que restaram fugiram pela água a fora, levantaram vôo com alguns batimentos de asas. Nesse momento Zac viu uma jovem ao longe. Em pé debaixo de uma árvore. Era linda e acenava-lhe. Parecia estar gritando mas o ruído do motor abafava suas palavra. Lembrava-se dela da cidade, era Vanessa Hudgens, a fabricante de velas.

Zac: Te encontro mais tarde. (falou com Joe que estava concentrado em manobrar seu barco)

Joe: OK!

Zac entrou no carrinho e contornou o lago em direção a Vanessa. Lembrava dela da época de escola, porém ela devia ser mais ou menos dois anos mais nova que ele. Podia-se dizer que na cidade ela era uma celebridade, ela sempre se destacava, talvez ganhando sempre as corridas de vela, ou fazendo campanhas contra a poluição do ar. A dois anos atrás havia feito o sepultamento do pai dela e todas as semanas ela vinha visitar, porém não gostava de ser incomodada. Joe havia tentado falar com ela algumas vezes mas era sempre posto pra correr. Zac sabia se manter afastado.

Mas ali estava ela agora de jeans e camiseta com seu rabo-de-cavalo balançando, indo de encontro a ele. Zac verificou se não havia restos de comida em seu rosto e ajeitou a roupa e passou a mão tentando limpá-la. Passou a mão pelos cabelos. Parou e desceu do carrinho. As primeiras palavras começaram a se formar em sua boca porém uma sensação de vergonha pareceu sufocá-lo. Conhecia bem aquela sensação desconfortável e embaraçosa. Acontecia sempre que uma jovem ia ao cemitério principalmente uma tão bonita como aquela. Zac não teve qualquer oportunidade, antes de dizer “Olá” Vanessa começou a disparar:

Van: PELO AMOR DE DEUS! (ela exclamou) Precisa mesmo de fazer uma barulheira daquelas? Uma pessoa vem aqui em busca de paz e o que é que tem? A invasão do Iraque?

Zac: Na verdade é o nosso programa de gestão de gansos. (ele explicou, mas a frase lhe soou esquisita assim que acabou de dizer)

Van: Programa de gestão de gansos? (ele falou controlando uma gargalhada de deboche)

Zac: Sim. (ele falou automaticamente) a população de gansos aqui...ele parou no meio da frase. Ela não segurava o riso.

Van: Continue. Estou fascinada. Conte-me sobre a população de gansos daqui. (ele inclinou a cabeça e mexeu no cabelo.

A tal sensação crescia dentro de Zac... uma mistura explosiva de atração e vergonha.

Zac: Vou começar do principio. Lamento pelo barulho. Algumas vezes nos empolgamos um pouco. (ele sorriu) Sou Zac...

Van: Efron. (terminou ela) Não é um nome da região, não é?

Zac: realmente não. (ele falou espantado por ela o conhecer) é uma longa história.

Van: Ótimo! Adoro longas histórias.

Zac: E Você é Vanessa Hudgens. A que vai dar a volta ao mundo. (havia visto algo no jornal) Tem um belo barco. (Zac ficou contrariado por não ter algo mais engraçado ou agradável para falar)

Van: Obrigada. (ela afastou uma mecha de cabelo do rosto) Você veleja?

Zac: Já fiz a algum tempo. Nada especial. Desculpe por termos te incomodado, não voltará a acontecer.

Van: Não se preocupe. É que hoje estou muito chata. Estou com uma dor de cabeça horrível. (ela esfregou a testa e o sol fez seus olhos brilharem)

Zac ficou hipnotizado e se percebeu dizendo o contrário do que realmente queria:

Zac: É melhor eu ir andando. Te deixarei em paz.

Van: Qual é a pressa? Outro ataque aos pobres gansos? (ele riu)

Zac: Pensei que queria sossego mais nada.

Van: Agora estou melhor.

Ele notou ela olhando-o de cima a baixo e sentiu vergonha da lama nas botas e das manchas na calça.

Van: sabe, meu pai está sepultado ali perto daquela arvore. A vista de lá é linda. (ela apontou e começou a seguir na direção da arvore com o rabo-de-cavalo balançando)

Zac não soube se dava a conversa por encerrada ou se aquilo seria um convite para segui-la. O instinto dizia para retornar ao trabalho que não tinha nada que ir atrás de Vanessa Hudgens, porém deu por si correndo colina acima para acompanhá-la.


Por hoje é só... comentem ok!!! Os coments de vocês me deixam mais empolgada...rsrsrs

Beijãoooooooo

3 comentários:

  1. Primeira . Eles se encontraram ;
    Até quin fim ! UHUUL
    Dançando e pulandooo aqe. Também não é pra tanto, não to pulando e dançando, to feliz só! HAHAHA
    Bom, ótimo capitulo, esta lindo e não demora amiga mais velha. Poosta? Beijos *-*

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  2. perfeito!to visitando pela primeira vez seu outro blog e já amo!!!!!!!!!!!!!
    Ta demais!Continua assim e vc vai longe!!!!!!!!!!!!!

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  3. estou lendo o Blog pela primeira vez e adorei a história, o capitulo está lindo *-*
    posta mais , estou curiosa =D
    beijoos'

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