sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Capitulo 4 ** MILAGRES**

Zac estava morando num chalé no meio da floresta que havia em Waterside. Haviam se passado 13 anos desde que Zac tinha ido ao cemitério Waterside. Desde que os paramédicos não tinham conseguido reanimar seu irmão. Zac continuava sendo um jovem atraente com seus cabelos claros, a covinha malandra a se formar quando sorria e os olhos azuis derretiam todos que o conheciam. Ele cresceu mais um pouco, os ombros eram largos e os braços musculosos devido a carregar tantos caixões e lápides. A única seqüela do acidente foi um ligeiro manquear  que mal se percebia.

Após o acidente terminou o colégio e fez dois anos na universidade de Salem, fez um curso de primeiros socorros. Era um paramédico qualificado, mas por mais que tentasse nunca conseguia se afastar muito de Waterside. Nem mesmo o amor de uma bela professora de Peabody conceguiu tirá-lo dali, pois aquele lugar e a promessa voltavam sempre a chamá-lo.

Aquele cemitério era seu mundo, 80 acres de ervas e granito cercados de grades de ferro forjado. Era ele quem gerenciava tudo, funerais, tratamento das plantas, manutenções. Tinha muitas responsabilidades.

Ele estava com vinte e oito anos, passara seus anos de adulto cuidando de mortos e vivos de Waterside. Se sacrificou para manter a palavra que deu a Dylan. Desistiu de seus sonhos.

Estava acostumado à presença dos espíritos e naquele dia como em todos dos observava um deles a chorar e doía-lhe o coração. Era sempre assim, novos velhos, saudáveis, ou doentes: chegavam, suportavam e seguiam sua próxima vida.

Ele se aproximou e estendeu a mão.

Zac: Srª. Phipps?

Ela ergueu o olhar espantada, parecendo ver através dele. Ela abanou a cabeça confusa.

Zac: Sou eu Zac Efron. Lembra-se? Do 10º ano de inglês?

A mulher limpou os olhos e assentiu com a cabeça.

Zac: Vim desejar os pêsames... queria que soubesse que escolheu o melhor lugar do semitério.
Srª Phipps: Foi tão subto. Tão inesperado. Nem tive tempo de dizer adeus. – ela limpou as lágrimas e de repente parecia tão humana quanto qualquer outra pessoa.
Zac: Eu sinto muito.
Srª Phipps: O quê que vai me acontecer agora?
Zac: Acredite... vai ficar tudo bem.
Srª Phipps: Tem certeza Zac?
Zac: Não tenho a menor duvida.
Srª Phipps: Tenho que ir andando... Obrigada pela ajuda.
Zac: O prazer foi todo meu. É para isso que estou aqui.

Era hora de fechar e Zac percorria todo o terreno acelerando o carrinho para cima e para baixo nas curvas como um piloto de formula 1. Nos primeiros tempos, quando andava a pé, levava mais de uma hora para fazer todo o percurso. Ele sempre percorria todo o cemitério em busca de pessoas perdidas, adormecidas no gramado ou adolescentes escondidos atrás das lápides.

Faltavam exatamente 13 minutos para o por do sol.  Fechou os portões e retornou e só abriria no dia seguinte às 8h. Agora tinha aquele paraíso só pra si, 14 horas até o retorno do mundo exterior. Eram momentos preciosos.  Tempo para si. Tempo para ser. Tempo para pensar. Mas acima de tudo tempo para a sua atividade mais importante, escondida no mais fundo do bosque.

A floresta das sombras era a ultima parte de Waterside que não foi urbanizada. Vinte acres retorcidos e tenebrosos de carvalhos, nogueiras e outras arvores, uma propriedade muito valiosa. Zac já ouviu rumores de que vários construtores já se interessaram pelo lugar, para construir condomínios. Mas os rumores diminuíram quando o agente imobiliário morreu misteriosamente e um comprador em potencial sofreu um AVC. Agora, o povo murmurava que os bosques eram mal assombrados.

Zac sabia que não. A floresta era parte mais perfeita daquele cemitério. Naquela noite, conduziu o carrinho pelo trilho cheio de altos e baixos, parou em um ponto e olhou por todos os lados. Sabia que ninguém o tinha seguido, mas precisava ter certeza absoluta. Trocou o uniforme por geans e camiseta e sapatos de correr e pegou a sua luva de basebol e entrou no bosque.

Todos os dias nos últimos 13 anos ele seguia a inclinação de uma pequena colina, passava por um cerrado de aceres e descia até uma casacata e um pequeno lago cheio de remoinhos. Zac conhecia todas as elevações e todos os troncos do caminho, podia percorrer de olhos fechados. Atravessou a mata e entrou na clareira. Era ali que se escondia o maior segredo daquele lugar. Um local especial que ele criou com as próprias mãos a tantos anos. Tinha transformado numa réplica exata do jardim da casa deles.
 Zac pegou sua luva e a lançou a bola para o céu que escurecia. A bola tocou no topo das árvores antes de cair. Zac lançou outra vez. No momento em que ia segurar na luva, o vento virou bruscamente e a bola se desviou, atravessou o campo e rolou pela relva, parando perto do bosque. Então deu-se um pequeno milagre, como acontecia todas as tardes ao pôr-do-sol.

Dylan Efron saiu da escuridão das árvores e pegou a bola. Não mudou depois de tanto tempo, continuava com seus 12 anos, trajava as mesmas roupas e trazia embaixo do braço a luva de basebol. Oscar saltou de dentro do bosque com a calda erguida, o cachorrinho também permanecia o mesmo.

Dylan: E ai irmão! Vamos jogar. (disse alegremente)

Como Zac e Van não se encontraram ainda a história esta sendo contada sobre um de cada vez... se não estiverem entendendo é só perguntar...
vou ver se consigo postar o capitulo 5 hoje... acho que no 6 ou 7 eles se encontram....
Bjosssssss Não me abandonem comentem!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Capitulo 03 ** EM BUSCA DO SONHO**

As bandeiras do cais esvoaçavam em uníssono enquanto Vanessa Hudgens reduzia e encostava sua velha Chevy Cheyenne de 74. Saiu do carro e estudou as formas ondulantes sob o vento. Cada ondulação, cada reviravolta lhe dava uma pequena pista, uma dica imperceptível. Sabia que era uma brisa calma, não devia ultrapassar os quatro nós.

Van dirigiu-se à carroceria do carro e tentou abrir, mas a maldita coisa nem se mexeu. Comprara a velha picape num ferro velho e o pai lhe deu uma nova vida com um motor usado. A aconcelhou a dar de entrada quando precisasse de outra. Ela não lhe deu ouvidos e anos mais tarde quando ele morreu de repente, percebeu que nunca se livraria daquela Chevy. Agora era ela mesmo que fazia a manutenção, era como se fosse um pedaço do pai. Ela retirou um saco de lona pela lateral do carro jogou no ombro e seguiu em direção ao cais. Ela era de estatura mediana, cabelos escuros, num rabo de cavalo, com um boné.

Logo a frente, uns velhos lobos do cais jogavam baralho num banco. Eram pescadores reformados que viviam de aposentadoria e relaxavam junto ao cais durante a tarde, contando os barcos, controlando o preço da lagosta e contando lorotas.

XxxX: Ei princesa! (gritou um velhote com óculos enormes)
Van: Vomo vai Bony?
Bony: Estou quase sem dinheiro. Precisa de tripulação para a tarde?
Van: quem me dera poder te pagar.
Bony: Eu te imploro! Trabalho de graça... não agüento mais ficar aqui...
XxxX: Ele não agüenta é perder o jogo de novo... (falou um dos parceiros de jogo)
Bony: Por favor Van me deixa ir com você...
Van: Quer ter outro ataque do coração? Sabe que é isso que pode acontecer. (piscou-lhe)
Van: Até logo! (disse ajeitando o saco de lona nas costas e seguindo)
Bony: CUIDADO COM O TEMPO! (ele gritou alertando)
Van: CLARO! E TENTA NÃO PARTIR MUITOS CORAÇÕES ENQUANTO EU NÃO VOLTO!

Todos riram enquanto ela se afastava. Usava blusa larga, tinha olhos e rosto que as mulheres em Los Angeles e Nova Yorque pagavam fortunas aos cirurgiões plásticos para conseguirem. Era uma daquelas belezas naturais que nunca se dava ao trabalho de olhar para o espelho a não ser para se certificar de que não estava suja de sangue após uma dura noite velejando.

Van foi até seu barco, um veleiro de 38 pés, com casco azul-ardósia, um convés branco perfeito e com o nome Querência pintado de dourado na polpa. A maré tinha subido a metade e o ar cheirava a algas e sal.

Van: Vai me ajudar ou ficar aí sentado? (perguntou a um grandalhão que balançava os pés na borda do barco.
XxxX: Se vira muito bem sem mim. (retorquiu Tink Wetherbee – tinha um metro e noventa, o peitoral avantajado, rosto peludo e cabelos desgrenhados que ele mesmo cortava. Van gostava de zuar dizendo que se pendurasse um barril no pescoço ficaria igualzinho a um são Bernardo..
Tink: Sabe? Para um garota, até que tem muita força.
Van: Quer dizer que tenho muita força para uma garota que assina o cheque do seu ordenado e que conseguiria te dar um chute nesse traseiro miserável.
Tink: O que o meu traseiro tem de miserável?
Van: Acredite. É uma visão deplorável. (Ela pulou dentro do barco dando-le uma cotovelada nas costelas) Só mais uma semana! Uma semana e lá vou eu. Acha que vai sentir saudades de mim?
Tink: Saudades de você? Acha que os escravos sentiam saudades dos seus donos?
Van: Muito engraçado! (Ela disse mexendo nos instrumentos de navegação.) Como está a vela grande? Pronta para a grande viajem?
Tink: A melhor que já fizemos. Vai causar inveja a todo mundo.
Van: Ainda bem.

Ela se espreguiçou. Estava com o corpo dolorido do treino intenso dos últimos meses. Fez milhares de flexões, correu e nadou centenas de milhas. Cada passo e cada braçada haviam sido cuidadosamente calculados para que fosse capaz de amarrar velas com ventos de força 10, agüentar longas vigílias em alto mar e içar âncoras.

Na semana seguinte, depois do tiro de partida, Van zarparia numa corrida solitária de volta ao mundo e se tivesse sorte aproveitaria os ventos durante mais de 30000 milhas. Era a maior aventura do mundo desportivo, o sonho de uma vida, e uma oportunidade única para o seu negócio de fabricação de velas. O objetivo de Van era tornar-se uma das primeiras dez mulheres a concluir a viagem. Até o momento só oito conseguiram. Todos na cidade torcia por ela, arrecadavam dinheiro de diversas formas para a viajem.

Van começou a colocar os equipamentos e a içar as velas, porém uma delas travou.

Van: É melhor ir lá em cima dar uma olhada.
Tink: Quer me içar até lá?
Van: Ninguém tem tanta força assim. (ela se sentou em uma cadeirinha de madeira amarrada em uma corda)
Van: Aí vou eu! (Ela anunciu e Tink, com alguns puxões içou ela até o topo do mastro.)
Ela destravou a vela usando um canivete.
Van: Pronto! Mas me deixe aqui mais um pouco, adoro essa vista.

Observou a cidade que acompanhava a curva da costa. Por mais que adorasse aquela cidade, Van acreditava que lá fora, para além das rochas, havia algo para ela. Havia um mundo para descobrir e, se Deus quisesse, um grande amor à sua espera. Ao longo dos anos, observou com atenção todos os rapazes desejáveis da cidade. Eram apenas sete. Saiu com tipos desde Boston a Burlington, mas após uma serie de fiascos por toda a Nova Inglaterra, percebeu que não ia encontrar seu príncipe encantado nem se quer um Zé qualquer (adorei essa expressão...rsrsrs) que a compreendesse. Portanto resolveu se aventurar. Nessa viajem que duraria cerca de quatro meses ela sonhava encontrar na Austrália ou Nova Zelandia um milionário que falasse três línguas e que entendesse de barcos. A viajem era difícil, ela poderia ser sem volta...

Tink: Hey moça! Ai em cima não vai conseguir ficar mais leve.
Van: Desculpe. Estava só memorizando a paisagem.

Voltou ao convés para verificar a lista de providencias. Estava tudo em ordem. Esse fim de semana ela velejaria pela ultima vez antes da viajem definitiva, para se certificar que estava tudo certo. Depois passaria os últimos dias com a família para descontrair antes do tiro de partida.

Tink: Tem certeza que não que eu vá contigo?
Van: Agradeço a oferta, mas não vou precisar. Mas me diga como vais estar o tempo mais tarde?

Na fabrica de velas Tink era responsável por cortar e costurar, mas no que diz respeito a viajem ele era o homem de confiança e também o metereologista.

Tink: Nada de bom. (informou tirando um papel do bolso)  Parece que vem baixa pressão e veja aqui algumas isóbaras atrás da depressão.
Van: Isso significa mais vento.
Tink: Preferia que não fosse, mas já que vai, é melhor ir para sudoeste e se adiantar à tempestade.
Van: Até domingo grandalhão!
Tink: Entre em contato pelo radio se precisar de mim. E sabe que vou ficar preocupado com você.
Van: Vai dar cabo de um monte de cachorros quente hoje a noite, não é?
Tink: Como um por você.

Van girou a chave e o motor ruiu.

XxxX: hey! Marinheiro! (gritou uma mulher do cais) Não tem um beijo de despedida para a senhora aqui não!

Gina Hudgens era parecida com a filha.

Gina: Estava na cozinha olhando pela janela quando te vi no topo do mastro. Aí vim aqui dizer olá.
Van: OOOh! Mãe! Desculpa não ter te ligado. Tenho estado tão ocupada.
Gina: Não se preocupe comigo. Tenho andado doida tentando angariar fundo para sua aventura. (A muitos anos ela pertencia à direção da Sociedade Humanitária de Mulheres, uma instituição antiga de caridade.) Tome cuidado lá fora. Conto com você pra entreter as velhinhas.
Van: Estarei lá. Não se preocupe.
Gina: Não se esqueça que a WBZ vem na quarta-feira me entrevistar sobre a sua viajem e você tem que me ensinar o que falar pra não te envergonhar. (Ela olhou o barco de cima a baixo) Seu pai ia ficar muito orgulhoso e com muito ciúme também. Quando retorna?
Van: No domingo para o jantar. Talvez mais cedo. Depende do vento.
Gina: Quer que eu faça sua sopa preferida?
Van: Sim. Por favor.
Gina: Te adoro! Boa viajem e não esquece de ir visitar a sua vó quando voltar. Ela iria adorar um abraço da neta.

Elas se despediram com um abraço. Van seguiu velejando.

Sei que tá meio triste mas daki uns dois capitulos tem o encontro Zanessa... aguardem e comentem tah!


Bjosssssssss

sábado, 21 de agosto de 2010

Capitulo 02 ***Resgate***

Sei que ta um pouco triste mas vai melhorar tá! Continuem acompanhando...

Capitulo...

Mais um resgate na vida de Flório Farrente... ele pegou seus equipamentos, fez sua prece habitual e a partir daí seguiu-se o frenesi da ação.

Encontrou nos arquivos que o carro pertencia a Srª Norman Pung, 73 anos de idade, com problemas de visão. Talvez a primeira pista.

O veículo estava esmagado e virado ao contrario, como uma barata, e tinha a frente enfiada nas grades da ponte, pelos rastros de vidro e pedaços de metal, viu que o carro tinha capotado pelo menos duas vezes. Florio enfiou a cabeça La dentro e viu dois garotos de cabeça pra baixo, inconscientes, emaranhados nos cintos de segurança. Seus braços torcidos cingiam-nos num abraço. Nem sinal da Srª Pung.

Florio: Dois politraumatizados à frente. (gritou para sua parceira) Um cachorro atrás. Tirar e Levar. Prioridade máxima. Me dá dois colares cervicais e dois planos rígidos e pequenos. (continuava gritando) Consegue me ouvir? (perguntou ao garoto mais novo) Fala comigo. (não houve reação, nenhum movimento, o rosto e o pescoço da criança estavam úmidos de sangue, os olhos e lábios inchados).

Florio colocou o colar cervical tirou o garoto, que trazia na mão uma luva de basebal.

Florio: Pupilas dilatadas (informou, verificando com a lanterna).

Foi ver a outra vitima. O jovem estava preso na direção.  Cortou as ferragens e percebeu uma fratura exposta no fêmur, colocou rapidamente o colar cervical e puxou-o para fora.

Florio: Consegue me ouvir? Se conseguir aperte minha mão. (nada)

Os dois jovens jasiam lado a lado no chão. Não havia nada a ser feito pelo cachorrinho no banco de traz, esmagado entre o eixo traseiro e o porta malas.

A ambulância chegou e levou os dois jovens rapidamente. Dentro da ambulância Florio encostou o estetoscópio no garoto mais novo. Escutou e percebeu a verdade.

Agora era hora de acontecer um milagre.

Em algum lugar....

A neblina pairava sobre o solo, abafando os sons do mundo. Zac, Dylan e Oscar comprimiam-se na escuridão úmida. Não havia ninguém. Podiam estar em qualquer lugar ou em nenhum. Não importava. Estavam juntos.

Dylan: A mamãe vai nos matar. (ele falou tremendo e socando a luva) Vai ficar furiosa. Muito furiosa.
Zac: Não se preocupe maninho. Eu cuido disso.
Dylan: Vão nos mandar pra cadeia (ele insistia). A Srª Pung vai nos fazer pagar e não temos dinheiro nenhum. (Olhava o carro, o que não estava destruído pelo acidente, foi cortado pelos bombeiros).
Zac: Você não vai pra cadeia. É muito novo. Não castigam crianças de 12 anos assim. Talvez eu. Eu é vinha dirigindo e não você.
Dylan: O que vamos fazer?
Zac: Vou pensar em qualquer coisa.
Dylan: Desculpa. A culpa foi minha.
Zac: Não foi nada.
Dylan: Fui eu que te distraí com a lua.
Zac: Não foi nada. Eu devia ter visto o caminhão e devia ter desviado.
Dylan: E agora?
Zac: Me dê um tempo. Estou pensando.
Não se via nada em sua frente, só escuridão, Zac procurava algo para se guiar, uma estrela, uma constelação, so via um manto negro. Então aos poucos foi compreendendo onde estavam, a escuridão diminuía. Sem saber como, misteriosamente haviam sido transportados para uma pequena colina com dois salgueiros que pendiam sobre o porto. Reconheceu a encosta, o brilho esverdeado do farol.
Zac: Acho que estamos em casa.
Dylan: Como foi?
Zac: Não faço idéia, mas olha, ali esta o cais do Tucker.

Dylan não estava muito interessado.

Dylan: A mamãe vai nos por de castigo. É melhor arranjarmos uma boa história ou então ela vai usar o cinto.
Zac: Não, não vai usar nada. Vou descobrir um plano não vai demorar. Confie em mim.

Não conseguia pensar em nada e então viu uma luz ao longe, primeiro fraca, mas aumentou a intensidade. Oscar começou a latir.

Dylan: Olha... Quem é?
Zac: Oh! Merda! (ele dificilmente diria uma coisa assim e Dylan ficou nervoso)
Dylan: é a mamãe?
Zac: Não acho que não.
Dylan: Então quem é? Quem está vindo ali? To com medo.

A luz era quente e brilhante e se aproximava cada vez mais.

Zac: Não fique com medo.

Estavam mais que mortos.

Sem pulsação nem respiração. Mais que mortos. Florio iluminou de novo as pupilas dilatadas do rapaz mais velho com sua lanterna. Estavam negras. Verificou todos os sinais vitais do rapaz novamente. A linha da faixa do monitor cardíaco era horizontal.  Tentou todos os recursos para reverter a parada cardíaca, mas o monitor não mostrou qualquer reação. Usou o desfibrilador , uma, duas vezes, o corpo se agitava mas sem resultados. Aumentou a potencia, o corpo deu um salto devido ao choque. Era a ultima alternativa. Se não conseguisse recuperar os batimentos cardíacos do rapaz, acabara-se.

A escuridão desapareceu e a luz rodeava-os quase por completo. Dylan tremia e passava os braços em volta de Oscar.

Dylan: Tenho medo. Não quero me meter em encrenca. Não quero que a mamãe grite. Não quero ser levado por estranhos.
Zac: Vai ficar tudo bem. (assegurou-lhe) Confie em mim.  (ele sentia o calor da luz penetrar-lhe o corpo fazendo reucar a dor.
Dylan: Promete que não vai me deixar? (segurou sua mão)
Zac: Prometo.
Dylan: Jura?
Zac: Juro.
Dylan: Jura do fundo do coração?
Zac: Sim. E você promete que também não vai me deixar.
Dylan: Nunca. (tinha os olhos muito aberto e límpidos e o rosto tranqüilo, nunca pareceu tão em paz)

Abraçaram-se e ficaram lado a lado, sentindo a luz derramar-se sobre eles, uma mancha cintilante de branco e dourado.

Zac: Não se preocupe maninho, prometo que vai dar tudo certo.

Florio ouviu um bip no monitor. Talvez fosse seus santos ou simplesmente a graça de Deus. Tirou o desfibrilador do peito do rapaz e viu marcas de queimaduras na pele. O registro do monitor mostrava que o coração voltou a bater em ritmo regular. O rapaz tossiu e ficou a olhar para cima como se voltasse de muito longe.

Florio: Bem-Vindo.

O rapaz parecia confuso e preocupado, o que era perfeitamente normal naquelas circunstancia.

Zac: Onde está o Dylan? Eu estava falando com ele. Eu prometi...
Florio: Como se chama?
Zac: Eu prometi que nunca o abandonaria.
Florio: Me diz seu nome filho.
Zac: Efron (falou com voz fraca) Zachary Efron.
Florio: Vai ficar bem Efron. Estou fazendo o possível pelo Dylan. (Florio rezava em silencio, depois ouviu Zac perguntar de novo)
Zac: Onde está o Dylan? Onde está meu irmão? Não posso deixar...

As palavras estavam confusas mas Zac percebeu a urgência na voz do homem. Era aquela tensão que os adultos costumavam mostrar quando as coisas não iam bem. Quando se perdia o controle. O paramédico ocupava-se de Dylan ali mesmo do lado.
Nesse momento Zac sentiu uma pontada de dor nas costas e no pescoço. Franziu o rosto e soltou um grito.

Florio: Estou aqui contigo. Estou te dando algo para dormir. Não se preocupe.

Zac sentiu um calor a espalhar-se pelos ombros e descer até as pernas. Só conseguia se lembrar da promessa que tinha feio a Dylan. Com certeza tinha se metido em encrenca, a mãe ia coloca-los de castigo por muito muito tempo. Mas nada durava para sempre. Na mente entorpecida de Zac passavam imagens de um futuro ao lado de Dylan. Não tinha jeito a vida sem Dylan era simplesmente incompreensível.
Estendeu o braço sobre a estreita divisória da ambulância, tateou e encontrou o braço de Dylan, uma agulha na veia, a luva de basebol apertada contra seu corpo. Sentiu a mão do irmão inerte e fria, e apertou-a com quanta força tinha.

Milhões de Bjokasssssssss!!!!!!!!!!
Continuem comentando......

Capitulo 01 ***** Decisões impensadas****

O Zachary Efron não era o melhor rapaz do Condado de Essex, nem sequer o mais esperto, mas sem dúvida tinha futuro. Era sobdelegado de turma e vice-capitão do clube de debates. Com sua covinha malandra na bochecha, os olhos azuis escondidos sob uma mecha de seus cabelos quase loiros, aos 15 anos podia já considerar-se bonito. Na escola era amigo de atletas e de outros populares e até tinha uma namorada um ano mais velha. Sim, o Zachary Efron era um garoto com sorte, astuto e ágil, com um bom futuro pela frente, talvez até uma bolsa em Dartmouth, em Princeton ou numa dessas escolas finas.

A mãe, Starlla, aplaudia todas as suas proezas. Na verdade Zac era simultaneamente a causa e a cura das desilusões de sua própria vida. Começou com uma gravidez indesejada que levou ao abandono do homem que ela amava. Em breve chegou o segundo filho de outro pai que se sumiu e os anos se transformaram numa mancha indistinta de luta constante. Contudo, e apesar de todo o sofrimento da mãe, Zac apagava-lhe a dor com o brilho de seu olhar e seu otimismo. Passara a depender dele, o seu anjo, o seu mensageiro da esperança e nada do que ele fazia era ruim.
Cresceu rapidamente, estudava com afinco, cuidava da mãe e adorava o irmão mais novo, que se chamava Dilan. Zac acreditava que era o único protetor do irmão e sabiam que um dia iam subir na vida. Os rapazes tinham três anos de diferença, cabelo e pele um pouco diferentes, não lançavam com o mesmo braço, mas eram grandes amigos, unidos pelo seu amor à pesca, pelo gosto de subir em árvores, por um cachorro chamado Oscar e pelos Red Sox(time de beisebol).

Então, um dia, Zac tomou uma decisão trágica, cometeu um erro que a policia foi incapaz de explicar e que o tribunal de menores se esforçou por ignorar.
Era uma sexta-feira. A mãe estava  trabalhando no turno da noite. Os rapazes estavam com tempo livre, já que só precisaria fazer os deveres de casa no domingo, já tinham ido espiar a vizinhança . No fim do dia tinham praticado lançamentos embaixo dos pinheiros no jardim, como era de costume desde que Zac deu a primeira luva de presente pra Dylan quando ele fez sete anos. Agora já estava escuro e as brincadeiras tinham acabado.
Dylan não se importava de se jogar no sofá e ficar vendo televisão, mas Zac tinha uma surpresa. Queria ação e acabou lembrando de um plano ótimo.

Zac: Que tal irmos pescar na praia? (perguntou tentando enganar o irmão)
Dylan: É chato! Não tem nada de novo. E se fossemos no cinema? O Nick Burridge nos deixa entrar pelos fundos.
Zac: Tenho uma idéia melhor.
Dylan: O filme é para maiores de 17. O que pode ser melhor?
Zac tirou dois ingressos dos bolsos, ingressos para o jogo dos Red Sox, que seria contra os Yankees.
Dylan: Hãn!!! Onde conseguiu isso?
Zac: Vai comigo?
Dylan: E como vamos fazer pra chegar até lá?
Zac: Não se preocupe... A Srª. Pung está de férias. Podemos usar o carro dela.
Dylan: Levar o carro dela? Você nem tem carteira.
Zac: Quer ir ou não?  
Dylan: E a mamãe?
Zac: Não se preocupe ela nem vai saber.
Dylan: Não podemos deixar o Oscar sozinho. Ele vai virar a casa de pernas pro ar.
Zac: Ele pode vir conosco.

E assim Zac, Dylan e o cachorrinho logo seguiram a caminho de Boston. O relatório feito pela policia posteriormente não mencionou que se tratavam de dois menores sem carteira no carro. Na ocasião a Srª Pung nem sequer prestou queixa. Ela dizia que eram bons meninos, que só haviam levado o carro emprestado. Foi um erro terrível e pagaram um preço alto.

Ambos partiram discutindo sobre os jogos:

Zac: Agora só precisam quebrar o feitiço do Bambino. (tratava-se de uma supertição dos fanáticos de Boston: A venda de Babe Ruth aos Yankees amaldiçoou os Soxs)
Dylan: Não acredita mesmo nisso né?
Zac: Oras... Pense comigo. Os Soxs não ganham a liga desde 1918 e os Yankees ganharam vinte e duas vezes. É só fazer as contas.
Dylan: Que é isso... não foi o Babe que fez com que o Bill Buckner falhasse naquela bola em 86!
Zac: E como você sabe?
Dylan: Não foi e pronto.
Zac: Bem, eu acho que foi.
Dylan: Não foi.
Zac: Foi.
Dylan: Empatados? (falou de má vontade)
Zac: Ok! Empatados.

E assim a discussão terminou, mas não de vez. O empate era uma forma de parar com uma discussão que teria continuado a noite inteira. Seria com certeza registrada no Livro de Pequenas e Grandes Discussões de Zac e Dylan e, após os adequados passos processuais, podia ser resgatada a qualquer momento. Ignorando a diferença de idade Dylan entregava-se a estas discussões apaixonadamente e era comum os dois irmãos passarem horas na biblioteca municipal, a recolher munições para suas batalhas.
Atravessaram a ponte até Boston com Oscar debruçado na janela, com seu pelo avermelhado e branco, era o mascote perfeito para aquela aventura.

Eles se sentaram na arquibancada, com Oscar devidamente acomodado em uma mochila. Curtiram a vitória dos Soxs por 2-0, e continuaram ali sentados mesmo depois de todos irem ambora.

Zac: Um dia nós ainda vamos ter os ingressos para a temporada inteira e na primeira fila.
Dylan: A arquibancada pra mim ta ótimo. Nem quero saber qual o lugar, desde que esteja contigo, isso é que faz o basebol uma coisa tão divertida.
Zac: Nós vamos sempre jogar Dylan. Aconteça o que acontecer.
As luzes do estádio começaram a se apagar.
Zac: É melhor irmos andando.

A viajem para casa foi muito mais rápida. Curtiram algumas musicas depois o silencio predominou. E então Dylan perguntou de repente.

Dylan: Quanto tempo falta para eu ser grande?
Zac: Já é.
Dylan: É serio. Quanto tempo falta para eu deixar de ser criança?
Zac: Oficialmente, quando tiver 12 anos é um homem e pode fazer o que quiser.
Dylan: Quem disse?
Zac: Eu digo.
Dylan: Sou homem, posso fazer o que quiser. (repetiu feliz. Uma lua enorme pairava sobre o rio e ele baixou a janela.) Olha, hoje está maior, deve estar mais perto de nós.
Zac: Não. A distancia é sempre a mesma. Não passa de ilusão de ótica.
Dylan: Não é desilusão ótica coisa nenhuma. Esta noite está mais perto. Juro! Olha, consegue ver um halo, tal como nos anjos.
Zac: Não é nada disso. É a refração dos cristais de gelo na atmosfera.

Zac olho pelo espelho e um carro pontava a direita e deu uma olhada rápida do outro lado. A lua cintilava entre as grades da ponte levadiça, mantendo-se ao lado deles enquanto aceleravam para casa. Na verdade, parecia mesmo mais perto que nunca. Virou a cabeça para olhar melhore pensando que a ponte estava vazia, apertou o acelerador.

De todas as decisões impensadas daquela noite, esta foi certamente a pior. Zac quis ultrapassar a lua e, no ultimo segundo antes do fim, teve a imagem perfeita da felicidade, o rosto inocente de Dylan erguido pra ele, um caracol caído sobre a testa, a luva de basebol na mão. Depois foi apenas vidros e metal estilhaçados e escuridão.

Talvez inda hoje eu posto o cap 02. Se não só amanhã...

Espero que gostem e comentem muiiitooo!!!!!!!

Beijossssssssss

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

“Existe uma terra dos vivos e uma terra dos mortos e a ponte é o amor, a única forma de sobrevivência, o único significado.” (Thornton Wilder)

Sinopse

Será que o amor vence a morte? Zac Efron veio a saber de duas maneiras diferentes, mas igualmente extraordinárias. Primeiro com s Dylan, o irmão mais novo, depois com Vanessa, o seu grande amor. Quando um violento acidente leva Dylan, com apenas 12 anos, para o outro lado da vida, Zac promete-lhe nunca mais o abandonar.

O laço inquebrável que une os dois irmãos torna fictícia a fronteira entre a vida e a morte, e possível o encontro diário ao longo de treze anos. Tudo poderia ter continuado assim, naquela espécie de limbo, de reino intermediário e crepuscular, em que Zac deixava de viver plenamente a sua existência terrena e Dylan se recusava a avançar para planos mais sutis para que pudessem permanecer juntos.

Tudo poderia ter continuado assim se Vanessa nunca tivesse aparecido. Mas ela veio, e isso mudou tudo... Zac deixou-se apaixonar pela sua beleza, pelo seu indomável espírito de aventura, pelo entusiasmo contagiante que parecia cobri-la de um brilho único e irresistível. Ela veio para lhe mostrar o caráter ilusório do paraíso em que vivia, para o obrigar a escolher entre passado e futuro, para lhe fazer conhecer com maior nitidez, a ponte que atravessa os dois lados da vida, essa força avassaladora que é o Amor.

Espero que gostem e comentem muitoooo pra eu poder começar a postar os capitulos.

Beijossss Beijosssss!!!!!!!!