Capitulo...
Mais um resgate na vida de Flório Farrente... ele pegou seus equipamentos, fez sua prece habitual e a partir daí seguiu-se o frenesi da ação.
Encontrou nos arquivos que o carro pertencia a Srª Norman Pung, 73 anos de idade, com problemas de visão. Talvez a primeira pista.
O veículo estava esmagado e virado ao contrario, como uma barata, e tinha a frente enfiada nas grades da ponte, pelos rastros de vidro e pedaços de metal, viu que o carro tinha capotado pelo menos duas vezes. Florio enfiou a cabeça La dentro e viu dois garotos de cabeça pra baixo, inconscientes, emaranhados nos cintos de segurança. Seus braços torcidos cingiam-nos num abraço. Nem sinal da Srª Pung.
Florio: Dois politraumatizados à frente. (gritou para sua parceira) Um cachorro atrás. Tirar e Levar. Prioridade máxima. Me dá dois colares cervicais e dois planos rígidos e pequenos. (continuava gritando) Consegue me ouvir? (perguntou ao garoto mais novo) Fala comigo. (não houve reação, nenhum movimento, o rosto e o pescoço da criança estavam úmidos de sangue, os olhos e lábios inchados).
Florio colocou o colar cervical tirou o garoto, que trazia na mão uma luva de basebal.
Florio: Pupilas dilatadas (informou, verificando com a lanterna).
Foi ver a outra vitima. O jovem estava preso na direção. Cortou as ferragens e percebeu uma fratura exposta no fêmur, colocou rapidamente o colar cervical e puxou-o para fora.
Florio: Consegue me ouvir? Se conseguir aperte minha mão. (nada)
Os dois jovens jasiam lado a lado no chão. Não havia nada a ser feito pelo cachorrinho no banco de traz, esmagado entre o eixo traseiro e o porta malas.
A ambulância chegou e levou os dois jovens rapidamente. Dentro da ambulância Florio encostou o estetoscópio no garoto mais novo. Escutou e percebeu a verdade.
Agora era hora de acontecer um milagre.
Em algum lugar....
A neblina pairava sobre o solo, abafando os sons do mundo. Zac, Dylan e Oscar comprimiam-se na escuridão úmida. Não havia ninguém. Podiam estar em qualquer lugar ou em nenhum. Não importava. Estavam juntos.
Dylan: A mamãe vai nos matar. (ele falou tremendo e socando a luva) Vai ficar furiosa. Muito furiosa.
Zac: Não se preocupe maninho. Eu cuido disso.
Dylan: Vão nos mandar pra cadeia (ele insistia). A Srª Pung vai nos fazer pagar e não temos dinheiro nenhum. (Olhava o carro, o que não estava destruído pelo acidente, foi cortado pelos bombeiros).
Zac: Você não vai pra cadeia. É muito novo. Não castigam crianças de 12 anos assim. Talvez eu. Eu é vinha dirigindo e não você.
Dylan: O que vamos fazer?
Zac: Vou pensar em qualquer coisa.
Dylan: Desculpa. A culpa foi minha.
Zac: Não foi nada.
Dylan: Fui eu que te distraí com a lua.
Zac: Não foi nada. Eu devia ter visto o caminhão e devia ter desviado.
Dylan: E agora?
Zac: Me dê um tempo. Estou pensando.
Não se via nada em sua frente, só escuridão, Zac procurava algo para se guiar, uma estrela, uma constelação, so via um manto negro. Então aos poucos foi compreendendo onde estavam, a escuridão diminuía. Sem saber como, misteriosamente haviam sido transportados para uma pequena colina com dois salgueiros que pendiam sobre o porto. Reconheceu a encosta, o brilho esverdeado do farol.
Zac: Acho que estamos em casa.
Dylan: Como foi?
Zac: Não faço idéia, mas olha, ali esta o cais do Tucker.
Dylan não estava muito interessado.
Dylan: A mamãe vai nos por de castigo. É melhor arranjarmos uma boa história ou então ela vai usar o cinto.
Zac: Não, não vai usar nada. Vou descobrir um plano não vai demorar. Confie em mim.
Não conseguia pensar em nada e então viu uma luz ao longe, primeiro fraca, mas aumentou a intensidade. Oscar começou a latir.
Dylan: Olha... Quem é?
Zac: Oh! Merda! (ele dificilmente diria uma coisa assim e Dylan ficou nervoso)
Dylan: é a mamãe?
Zac: Não acho que não.
Dylan: Então quem é? Quem está vindo ali? To com medo.
A luz era quente e brilhante e se aproximava cada vez mais.
Zac: Não fique com medo.
Estavam mais que mortos.
Sem pulsação nem respiração. Mais que mortos. Florio iluminou de novo as pupilas dilatadas do rapaz mais velho com sua lanterna. Estavam negras. Verificou todos os sinais vitais do rapaz novamente. A linha da faixa do monitor cardíaco era horizontal. Tentou todos os recursos para reverter a parada cardíaca, mas o monitor não mostrou qualquer reação. Usou o desfibrilador , uma, duas vezes, o corpo se agitava mas sem resultados. Aumentou a potencia, o corpo deu um salto devido ao choque. Era a ultima alternativa. Se não conseguisse recuperar os batimentos cardíacos do rapaz, acabara-se.
A escuridão desapareceu e a luz rodeava-os quase por completo. Dylan tremia e passava os braços em volta de Oscar.
Dylan: Tenho medo. Não quero me meter em encrenca. Não quero que a mamãe grite. Não quero ser levado por estranhos.
Zac: Vai ficar tudo bem. (assegurou-lhe) Confie em mim. (ele sentia o calor da luz penetrar-lhe o corpo fazendo reucar a dor.
Dylan: Promete que não vai me deixar? (segurou sua mão)
Zac: Prometo.
Dylan: Jura?
Zac: Juro.
Dylan: Jura do fundo do coração?
Zac: Sim. E você promete que também não vai me deixar.
Dylan: Nunca. (tinha os olhos muito aberto e límpidos e o rosto tranqüilo, nunca pareceu tão em paz)
Abraçaram-se e ficaram lado a lado, sentindo a luz derramar-se sobre eles, uma mancha cintilante de branco e dourado.
Zac: Não se preocupe maninho, prometo que vai dar tudo certo.
Florio ouviu um bip no monitor. Talvez fosse seus santos ou simplesmente a graça de Deus. Tirou o desfibrilador do peito do rapaz e viu marcas de queimaduras na pele. O registro do monitor mostrava que o coração voltou a bater em ritmo regular. O rapaz tossiu e ficou a olhar para cima como se voltasse de muito longe.
Florio: Bem-Vindo.
O rapaz parecia confuso e preocupado, o que era perfeitamente normal naquelas circunstancia.
Zac: Onde está o Dylan? Eu estava falando com ele. Eu prometi...
Florio: Como se chama?
Zac: Eu prometi que nunca o abandonaria.
Florio: Me diz seu nome filho.
Zac: Efron (falou com voz fraca) Zachary Efron.
Florio: Vai ficar bem Efron. Estou fazendo o possível pelo Dylan. (Florio rezava em silencio, depois ouviu Zac perguntar de novo)
Zac: Onde está o Dylan? Onde está meu irmão? Não posso deixar...
As palavras estavam confusas mas Zac percebeu a urgência na voz do homem. Era aquela tensão que os adultos costumavam mostrar quando as coisas não iam bem. Quando se perdia o controle. O paramédico ocupava-se de Dylan ali mesmo do lado.
Nesse momento Zac sentiu uma pontada de dor nas costas e no pescoço. Franziu o rosto e soltou um grito.
Florio: Estou aqui contigo. Estou te dando algo para dormir. Não se preocupe.
Zac sentiu um calor a espalhar-se pelos ombros e descer até as pernas. Só conseguia se lembrar da promessa que tinha feio a Dylan. Com certeza tinha se metido em encrenca, a mãe ia coloca-los de castigo por muito muito tempo. Mas nada durava para sempre. Na mente entorpecida de Zac passavam imagens de um futuro ao lado de Dylan. Não tinha jeito a vida sem Dylan era simplesmente incompreensível.
Estendeu o braço sobre a estreita divisória da ambulância, tateou e encontrou o braço de Dylan, uma agulha na veia, a luva de basebol apertada contra seu corpo. Sentiu a mão do irmão inerte e fria, e apertou-a com quanta força tinha.
Milhões de Bjokasssssssss!!!!!!!!!!
Continuem comentando......
QQQQQQue triste amiga.
ResponderExcluirAi nossa...
Mas ta incrivel, e como falei que daria todo o apoio,vou estar sempre aqui. Pode contar sempre com o meu comentário.!!
Posta?
Beijos de maracujá *-* ♥